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  • Agreste Skate Open realiza sua primeira edição no dia 1 de dezembro em Caruaru

    O evento promete ser um marco no cenário do skate em Pernambuco, reunindo atletas, simpatizantes e a comunidade local em um vibrante movimento do esporte e da cultura Por Madu Rodrigues O Agreste Skate Open acontecerá no Skate Park do bairro Indianópolis, em Caruaru-PE, no dia 1 de dezembro de 2024, das 10h às 22h. O evento é um campeonato nordestino que atrai skatistas de diversos Estados, com competições na modalidade street para atletas na categoria masculina e feminina, nascendo da parceria entre a Agreste Skate Magazine e a USB Mídia Skate. Além das competições, o evento oferecerá diversas atrações musicais e estandes de merchandising dos apoiadores oficiais do evento, proporcionando uma interação rica entre os participantes e a cultura local. A realização do Agreste Skate Open responde ao crescimento da popularidade do skate na região, especialmente após o reconhecimento do esporte nas Olimpíadas. A proposta é oferecer uma plataforma para novos talentos, fortalecer a cultura do skate e contribuir para o turismo e a economia local. Com uma expectativa de público entre 500 e 1.000 pessoas, uma divulgação abrangente nas redes sociais e parcerias estratégicas com influenciadores, o evento visa garantir engajamento e visibilidade ampla, atraindo tanto a comunidade local quanto visitantes. Além do esporte, o Agreste Skate Open promove a interação dos moradores locais com a vida esportiva e artística da cidade, incentivando, também, a participação de empresários e atletas do meio esportivo. Isso contribui para o crescimento e profissionalização do skate no cenário local e nacional, abrindo portas para novos investimentos e oportunidades. A programação completa - que inclui credenciamento, aquecimento, competições e apresentações musicais - fortalece o compromisso com o desenvolvimento do turismo e o fortalecimento de Caruaru como ponto de referência para eventos atrativos. O Agreste Skate Open é uma experiência completa que une esporte, lazer e cultura, representando um marco para Caruaru, projetando a cidade como um centro importante para o skate e o turismo em Pernambuco, impulsionando o mapa de eventos relevantes para o cenário cultural e esportivo da região.

  • 11ª edição do Festival de Cinema de Caruaru é encerrada com premiação e sessões lotadas

    Entre os dias 28 e 31 de Agosto, o Festival de Cinema de Caruaru realizou sua 11ª edição (Foto: Dani Leite) Com sessões lotadas no Teatro João Lyra Filho, para prestigiar produções independentes do cinema brasileiro e internacional. Ao longo da programação, o evento realizou exibições gratuitas das mostras Pega Leve, Latino-América, Fantásticos, Agreste e Brasil, além de debates com os cineastas presentes. (Foto: Dani Leite) O encerramento desta edição, realizado no último sábado (31), foi marcado por muitas emoções, com apresentação dos resultados das oficinas de 'Construções Textuais de Júri e Crítica Cinematográfica' e 'Produção de Documentários de Baixo Orçamento', homenagem ao ator e diretor Jô Albuquerque e entrega do troféu José Condé para os premiados das mostras competitivas. (Foto: Dani Leite) Além da categoria de Melhor Filme por voto do júri jovem e do júri oficial, a premiação contemplou prêmios técnicos nas áreas de direção, roteiro, fotografia, direção de arte, desenho de som, atuação e pôster. Todos os resultados estão disponíveis em: https://festivaldecaruaru.com.br/2024/premiacao/ . Texto: Stephanie Sá

  • Mostra Janelas para Equidade realiza exibições gratuitas de filmes com recursos de acessibilidade em Caruaru

    A programação acontece em 21 e 22 setembro, na Estação Criativa Por Madu Rodrigues Neste mês, Caruaru receberá sua primeira mostra de cinema com foco exclusivo na acessibilidade, pensada com e para pessoas com deficiência. Intitulada Mostra Janelas para Equidade, a iniciativa é pioneira na região e contará com exibição de 22 filmes, além da realização de apresentações culturais. A programação é gratuita e acontecerá nos dias 21 e 22, na Estação Criativa (antiga Estação Ferroviária). "A Mostra surge de um movimento de inquietação, após a escuta ativa de pessoas com deficiência. Neste processo, foi perceptível o desejo delas de vivenciar a cultura de forma plena, especialmente no território local. Muitas expressaram o interesse pelo cinema, mas não apenas para ver suas vidas retratadas nas telas. Elas desejam filmes acessíveis que permitam acessar todos os gêneros, como ficção, comédia, aventura e romance", explica a coordenadora e idealizadora do evento, Rhaynara Janaina. Para conseguir atender a esse público com mais precisão, a mostra conta com uma equipe de consultoria de acessibilidade composta por três pessoas com deficiência: Clebison Alves, Lucy Tertulina e Esnande Quirino. Além disso, todas as exibições incluirão pelo menos um recurso de acessibilidade, como audiodescrição, Legendas para Surdos e Ensurdecidos (LSE) e Libras. Após as exibições dos filmes, que contemplam diversos gêneros, também serão realizados debates com convidados. A curadoria da programação, que será divulgada no começo do mês de setembro, é assinada por César Caos, Ana Carolina, David Garcia, Rhaynara Janaina e Amanda Lima. A mostra tem coordenação e produção executiva de Rhaynara Janaina, produção executiva de Cecília Távora, assistência de produção de Letícia Cavalcante, produção de acessibilidade de Amanda Lima, produção geral de Ana Carolina, e assistência de produção de David Garcia. O design e a comunicação ficam a cargo de Bianca Carvalho e Dani Melo, do Estúdio GiraCoco. Mais informações estão disponíveis no Instagram: https://www.instagram.com/janelasparaequidade/ . Texto: Stephanie Sá / Acessora de Imprensa da Mostra Janelas para Equidade

  • 11º Festival de Cinema de Caruaru realiza exibições gratuitas

    O evento estará em cartaz durante os dias 28 e 31 de Agosto Por: Joebson José (Fotografia: Ythalla Maraysa) Teve início na noite desta quarta-feira (28) as exibições da 11ª edição do Festival de Cinema de Caruaru. As sessões são gratuitas e acontecem a partir das 19h, no Teatro João Lyra Filho, e contam com filmes nacionais e internacionais, que integram as mostras Pega Leve, Latino-Americana, Fantásticos, Agreste e Brasil. A programação desta edição conta com 55 filmes, selecionados a partir de 928 inscrições. A primeira etapa das exibições já foi realizada, entre os dias 12 e 16, com as Mostras Infantil e Adolescine nas escolas públicas da cidade. Além disso, o evento promoveu a Mostra Itinerante Acessibilidade, na sede da Associação de Pessoas com Deficiência de Caruaru (APODEC). O encerramento do festival acontecerá no próximo sábado (31), com a realização da Mostra Especial Caruaru e a premiação dos filmes exibidos. Mais detalhes da programação do evento podem ser encontrados em: https://festivaldecaruaru.com.br/ . (Fotografia: Ythalla Maraysa) Confira a programação: Quarta-feira (28) Mostra Pega Leve: Paraíso, dir. Valentina Salvestrini, São Paulo – SP, 12 min, 12. Mostra Latino-Americana Tênue, dir. Leonardo Pérez, Venezuela, 13 min, 12. Doença do Sono, dir. Cristiano Paiz, Guatemala, 4 min, 16. Para as Memórias, dir. Rodrigo Ugalde, México, 17 min, L. Na Bolha, dir. Valeria Pérez Delgado e Florencia Fernández, Argentina, 12 min, L. Dias de Chuva, dir. Ainara Iungman, Argentina, 15 min, 14. Mostra Fantásticos: Encruzilhada Bar, dir. Johann Jean, Natal – RN, 10 min, 12. Dia de Preto, dir. Beto Oliveira, Piracicaba – SP, 15 min, 12. Autocuidado, dir. Sofia Pires, São Paulo – SP, 8 min, L. Noite de Jogos, dir. Stefany Taglialatella, São Paulo – SP, 20 min, 14. Guimbo, dir. Giordano Benites, Porto Alegre – RS, 9 min, 12. Mau Presságio, dir. Rhodes Madureira, Belo Horizonte – MG, 4 min, 14. Lá Fora, dir. Louis Fernanda, Caruaru – PE, 2 min, L. Quinta-feira (29) Mostra Pega Leve: Operação Enjoei do Bingo, dir. Vinicius Damasceno, São Paulo – SP, 6 min, L. Mostra Agreste: Para Onde Eu Vou?, dir. Fabi Melo, Campina Grande – PB, 6 min, L. Ordenação, dir. José Railson, Campina Grande – PB, 8 min, 12. Flor do Coco, dir. Vinícius Tavares, Toritama – PE, 15 min, L. O Rebanho de Quincas, dir. Rebeca Souza, Boa Vista – PE, 11 min, L. O Canto, dir. Isa Magalhães e Izabella Vitório, Arapiraca – AL, 15 min, L. Mostra Brasil: Não Olhe Para Mim, dir. Natasha Atab, São Paulo – SP, 10 min, L. Onde as Flores Crescem, dir. Fabrício de Lima, Santos – SP, 15 min, L. O Sacro e o Profano de Araújo e Verônica, dir. Rivanildo Feitosa, Teresina – PI, 15 min, 16. Conexão, dir. Julie Ketlem, Caruaru – PE, 15 min, L. Terminal, dir. Getsemane Silva e Guilherme Bacalhao, Brasília – DF, 15 min, 14. Aquela Mulher, dir. Marina Erlanger e Cristina Lago, Rio de Janeiro – RJ, 14 min, L. Expresso São Valentim, dir. Guilherme Ayres e Luiza Torres, Santos – SP, 14 min, L. Dinho, dir. Leo Tabosa, Recife – PE, 20 min, L. Sexta-feira (30) Mostra Pega Leve: Sonata Beladona, dir. Antônio Rafael, Aracaju – SE, 13 min, 14. Mostra Agreste: Graffito, Logo Existo, dir. Leandro Machado, Caruaru – PE, 18 min, 10. La Ursa, dir. Joebson José, São Caetano – PE, 9 min, L. Black Out – A História Apagada no Palco da Arte, dir. Renan Oliveira, Caruaru – PE, 15 min, 12. Drag Queens em Cena: A Expressão de Almas Artísticas, dir. Alana Pereira, Caruaru – PE, 9 min, L. Mostra Brasil: Diga ao Povo que Avance, dir. Evelyn Freitas, Mossoró – RN, 15 min, L. Dona Taquariana, Uma Cabocla Brasileira, dir. Abimaelson Santos, São Luis – MA, 14 min, L. Dente, dir. Rita Luna, Camaragibe – PE, 20 min, L. Eu Não Sei Se Vou Ter Que Falar Tudo de Novo, dir. Vitória Fallavena e Thassilo Weber, Rio de Janeiro – RJ, 14 min, L. Umbilina e Sua Grande Rival, dir. Marlom Meirelles, Bezerros – PE, 20 min, L. Pequenas Insurreições, dir. William de Oliveira, Curitiba – PR, 13 min, 10. Samuel Foi Trabalhar, dir. Janderson Felipe e Lucas Litrento, Maceió – AL, 16 min, 10. Sábado (31) Mostra Especial Caruaru: Cultura em Movimento: O Hip-Hop em Caruaru, dir. Igor Lira, Caruaru – PE, 20 min, 12. Abandono Urbano: Uma História não Contada do Alto do Moura, dir. Keyliane Maria, Caruaru – PE, 10 min, L. (Fotografia: Ythalla Maraysa)

  • Curta estreia em Toritama e discute o estereótipo entre as mulheres e o jeans

    Obra é trabalho de conclusão de curso de estudante da UFPE Por Joebson José (Fotografia: Sheyla Caroline) A cidade de Toritama, conhecida como a “capital do jeans”, recebeu a estreia do filme “No Fio do Destino: Mulheres e Jeans em Toritama”, dirigido por Valdenilson Henrique, conhecido também como Romeu. Com uma abordagem diferenciada, a obra busca desmistificar a imagem estereotipada da cidade apenas como polo de trabalho, revelando pessoas e histórias por trás do ouro azul do Agreste, a peça de jeans. Acompanhando o processo de criação na indústria, vemos três mulheres contarem as suas vivências e relações de trabalho na cidade de Toritama, que integra o maior Polo de Confecções do Estado, junto com os municípios de Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe. Ao trazer uma nova perspectiva sobre a dinâmica da cidade, o curta-metragem explora histórias reais de pessoas que possuem grande experiência na área de confecções de jeans, e que mesmo envoltos na indústria, possuem um tempo destinado ao lazer. A estreia ocorreu no cinema de Seu Aurélio, um ponto de cultura que exemplifica a riqueza cultural na cidade. O curta é o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Romeu, estudante do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Centro Acadêmico do Agreste (CAA). (Fotografia: Sheyla Caroline) Em uma entrevista exclusiva para a Revista Spia, o diretor revela as motivações e os desafios por trás de "No Fio do Destino: Mulheres e Jeans em Toritama". Confira a seguir os principais trechos dessa conversa: Como é ver as pessoas prestigiando seu filme após o longo trabalho de pesquisa e produção? Ah, é incrível, sabe Joebson? Como cineasta, meu papel é contar histórias. Desta vez, tive uma responsabilidade imensa: mostrar, através do cinema, uma nova perspectiva sobre Toritama. Ver a equipe e o público se envolvendo com o filme, compartilhando suas próprias experiências que se conectam com as histórias que contamos, e perceber como quebramos estereótipos sobre os habitantes da cidade, que muitas vezes são reduzidos apenas ao trabalho, é extremamente gratificante para mim. O que você espera alcançar com o filme? Quais seus objetivos com ele a partir desse lançamento? Bom, acho que meu principal objetivo já está sendo alcançado, que é justamente quebrar esses estereótipos sobre Toritama. Ver o acolhimento positivo dos habitantes ao filme já me faz sentir que estou no caminho certo. No futuro, quero levar essa nova visão para os festivais de cinema, compartilhando com mais pessoas e desafiando essa ideia limitada que muitos têm da cidade. Você exprime no filme sua visão de que a cidade é mais que uma indústria do jeans, poderia falar sobre isso? Sim, Toritama é, sem dúvida, muito mais que uma cidade do jeans, e isso foi algo que quis deixar claro no filme através das histórias das entrevistadas. Cada uma delas traz uma perspectiva única que vai além do trabalho nas fábricas. Toritama é feita de pessoas que têm sonhos, valores e uma forte conexão com sua terra. A cidade carrega uma rica cultura, uma história de resistência e um espírito comunitário que não se limita ao jeans. O filme busca revelar essas camadas, mostrando que, por trás da imagem industrial, existe uma cidade viva, cheia de histórias e de pessoas que merecem ser vistas em toda a sua complexidade. Como foi o processo de pesquisa sobre a vida das mulheres trabalhadoras de Toritama?  A roteirista Luzia Tôrres fez um trabalho impecável, pois o processo de pesquisa sobre a vida das mulheres trabalhadoras de Toritama foi complexo. A seleção das participantes não foi fácil, pois muitas estavam hesitantes em compartilhar suas histórias e abrir suas vidas para minha equipe. Mas, ao longo da pesquisa, encontramos três mulheres cujas histórias me surpreenderam e me tocaram profundamente, Juliana, uma designer que se tornou modelista e decidiu permanecer em Toritama, Eroniza, uma técnica de enfermagem que optou por seguir como costureira e Eduarda, uma administradora que preferiu trabalhar como vendedora na loja da família . Assim, o que mais me surpreendeu foi perceber como cada uma delas fez escolhas baseadas em uma paixão genuína pelo que fazem. Quais foram os maiores desafios que a equipe enfrentou durante as filmagens e por que você acha que eles aconteceram? Nossa maior dificuldade foi nos distanciar da estética e da abordagem de filmes anteriores, como "Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar" (2019), de Marcelo Gomes. Desde o início, meu objetivo foi construir uma narrativa visual que trouxesse uma nova perspectiva sobre Toritama, evitando os ambientes e enquadramentos já explorados. Queria criar algo único, uma resposta tanto em termos de fotografia quanto de narrativa, que mostrasse uma Toritama diferente, longe dos estereótipos e das visões já estabelecidas. O desafio foi justamente romper com essas interpretações imaginativas criadas por cineastas e trazer uma leitura mais fresca e autêntica da cidade e de suas histórias. (Fotografia: Sheyla Caroline)

  • Fred Jordão e sua jornada pela fotografia dentro da diversidade cultural em Pernambuco

    Como surgiu o fotógrafo Fred e sua paixão em fotografar o Nordeste e toda a sua diversidade cultural e social, para além da fotografia comercial. Fotografia: Fred Jordão/Web (Cinema Pernambucano) Fotógrafo há mais de 30 anos, o pernambucano Fred Jordão nascido em 1964, passou a maior parte de sua infância na capital do Rio Grande do Sul e com 16 anos se mudou para Brasília, onde entrou na área de comunicação, cursando Jornalismo no Centro Universitário de Brasília. Mais adiante aos 21 anos retornou a Recife ingressando na fotografia em 1986, aos 22 anos terminou sua graduação no curso de Comunicação Social na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), no ano de 1988. Jordão já foi jornalista fotográfico do Jornal do Comércio (1989-1991), e Diário de Pernambuco (1993-1994). Ele destaca que seu contato com a arte vem desde muito jovem, desde as sessões de cinema organizadas pelo seu pai em sua casa na infância. Mesmo afirmando que leva a fotografia como algo mais profissional voltado em sua maioria para o jornalismo, confirma que ela se torna arte quando leva informação ao cidadão comum e faz com que conheça outras pessoas e suas histórias. Dessa forma, sua conexão com esse meio se deu após ganhar uma máquina fotográfica, ele fala que nunca pensou em trocar de profissão e sempre gostou do que faz. Adiante na carreira do fotojornalista pernambucano, Fred Jordão já participou da filmografia de diversos filmes e documentários como, O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas (2000), Baile Perfumado (1996), Clandestina Felicidade (1998), Acqua Movie (2019), Comida é Arte - Terroir Brasil (2020), e O Circo voltou (2021).  Além de produzir diversos fotolivros, alguns sendo de forma colaborativa, cada um carrega sua própria essência e significado, desde Sertão Verde-paisagens (2012), no qual tinha o desejo de mostrar o Sertão moderno, o impacto da globalização naquela localidade, mostrar o outro lado, a fim de desconstruir o estereótipo de negatividade que é dada a essa região. Como também, “Eu vi o mundo” (2006), que transmite o desejo de mostrar o revolucionário movimento manguebeat. Não esquecendo do Projeto Lambe-Lambe (1995), que conta com parcerias de fotógrafos do estado de Pernambuco, onde montaram um estúdio de fotografia a céu aberto para contar um pouco sobre a história do carnaval de Recife, e o livro intitulado de RECIFE, mostrando o antes e o depois da capital e como ela se modificou durante anos, sendo publicado no ano de 2018 e concorreu ao prêmio Jabuti em 2021. Fotografia: Fred Jordão/Web (Cinema Pernambucano) Fred Jordão é conhecido pelas suas exposições, algumas delas já conhecidas Brasil afora, todas focando nas belezas e culturas nordestinas, em especial no seu estado Pernambuco, no qual conta que o motivo que leva a isso, é a riqueza e diversidade que se guarda, sendo um estado vasto e com muitas histórias para serem contadas de perspectivas divergentes. Apesar dos grandes feitos dentro da fotografia e de uma carreira brilhante, diz encontrar dificuldades por falta de visibilidade e verba para essa cultura, se investisse mais culturalmente, se teria mais trabalhos fotográficos. Se tem público, conteúdo e profissionais, o que falta é o investimento financeiro, afirma Fred Jordão.

  • Corrida da Fogueira: tradição junina em Alagoinha

    Em uma pequena cidade do interior pernambucano, sair para correr na época de São João é uma importante manifestação cultural e social.   Por: Juliana Pinheiro (Competidoras abraçando-se após o final da 6º edição da Corrida da Fogueira em Alagoinha. Foto: Juliana Pinheiro)   Pés no asfalto, medalha no peito e bandeirolas espalhadas pelas ruas da cidade. É assim que o município de Alagoinha, no Agreste de Pernambuco, comemora, desde o ano de 2017, a tradicional Corrida da Fogueira. Um evento que mescla esporte, saúde, lazer e turismo,  reunindo um grande número de atletas amadores e profissionais especialmente no mês de Junho para uma corrida de rua. Participantes de diferentes idades, gêneros e cidades festejam juntos uma modalidade esportiva que virou tradição de São João na sede do município. As corridas de rua consistem em um grande número de corredores percorrendo longas distâncias em meio às principais avenidas da cidade. O evento é promovido pela Secretaria de Educação e Esportes em parceria com a Prefeitura de Alagoinha, contando com o apoio da Polícia Militar e do Samu, presentes na data comemorativa para dar suporte caso seja necessário. Além disso, professores de educação física e a equipe da Secretaria de Educação e Esportes comparecem no dia da corrida para organizar, orientar e premiar os participantes. Aberta ao público e gratuita, a Corrida da Fogueira começou pequena, apenas para os habitantes da cidade. O intuito era promover a prática esportiva de maneira segura para os alagoinhenses através de atividades ao ar livre, em um espaço em que pudessem melhorar as suas habilidades atléticas e qualidade de vida. No início, não era permitido que atletas de outras cidades corressem e diferentes modalidades esportivas e jogos como dominó e oficina de badminton integravam a grade de eventos no dia da competição.   (Medalhas de 1º, 2º e 3º lugar na competição. Foto: Juliana Pinheiro)   Atualmente, com a intenção de juntar o calendário esportivo da cidade às festas juninas, a corrida se tornou aberta para outros moradores da região e devido ao aumento do número de participantes, o dia passou a ser exclusivo apenas para a corrida de rua. Uma das razões para a abertura do evento para atletas das cidades vizinhas é o incentivo ao turismo local. Por ocorrer no São João, período em que o número de turistas no município aumenta, houve uma ampliação dos critérios de participação e mudanças na organização da competição. De acordo com o Secretário de Turismo, Cultura e Desenvolvimento Econômico de Alagoinha, Francisco Dimas (Kiko): “Nós pensamos em convidar pessoas de fora para ter um atrativo a mais, pois isso fortalece o turismo e o comércio local. Mas, quando começamos, fazíamos priorizando os atletas de Alagoinha”. Ainda em fala sobre a mudança de categoria na Corrida da Fogueira para integrar uma maior capacidade de pessoas, o secretário completa: “Não é apenas a corrida que é importante. O importante é o fortalecimento do comércio, trazer o turista para conhecer a cidade. Além disso, queremos os nossos jovens preparados para praticar diferentes atividades esportivas. Querendo ou não, isso traz renda, emprego e o turista para nos visitar”. O perfil dos atletas e as suas motivações variam. Desde competidores profissionais acostumados com grandes maratonas à donas de casa em busca de melhorias de vida, os participantes da competição marcam presença no dia do evento e correm juntos para receber as suas medalhas. Josueldo Ferreira é da cidade de Garanhuns e ficou sabendo sobre o evento pelas redes sociais, e, este ano, participou pela primeira vez da Corrida da Fogueira em Alagoinha. O atleta profissional, de 42 anos de idade, corre há mais de 25 anos, viajando o Brasil todo para competir em corridas de ruas e maratonas nacionais e internacionais. Em conversa com a repórter da Revista Spia, ele conta como se preparou para correr 5 km na 6º edição da corrida, que ocorreu no dia 30/06. “Treinei bastante. Foi difícil, mas graças a Deus deu tudo certo! Eu vinha me preparando durante toda a semana. Treinei bem e dormi cedo. Mesmo estando acostumado com corridas, foi complicado por causa do calor”, diz o atleta. (Josueldo Ferreira recebendo a medalha de 1º lugar. Foto: Juliana Pinheiro)   Pela sua agilidade e destreza, o corredor foi campeão na categoria geral, recebendo a medalha de ouro pelo primeiro lugar na corrida. Além de Josueldo, a Revista Spia teve a oportunidade de conversar com mais duas competidoras que estavam presentes na sexta edição do evento. Amigas e residentes na cidade de Pesqueira-PE, município próximo a Alagoinha, e integrantes de um grupo de praticantes de corridas chamado Os Jóia, que marcaram presença na Corrida da Fogueira em busca de novas medalhas e metas para levar para casa, Suelen Silva, de 39 anos de idade e dona de casa, afirma que correr é muito mais do que competir com outras pessoas. “É uma superação. A gente não pensa em competir, o que importa é a chegada e superarmos os nossos limites. Se você não aguenta mais correr, então vai caminhando; o que botamos na cabeça é que precisamos concluir o percurso”. Silva corre há quatro anos e vê cada competição também como uma forma de saúde e bem-estar. Já Marcela Oliveira, de 39 anos de idade e corredora há três anos por incentivo de amigas próximas, é vendedora de peças de automóveis e começou a correr para melhorar a sua saúde mental. Segundo a vendedora: “Gosto de brincar que a corrida é o meu antidepressivo, principalmente quando estou estressada, desmotivada ou triste. É só colocar o seu fone de ouvido e ir correr os quilômetros desejados”. A atleta, entre risadas, também revelou a sua próxima meta: correr uma maratona nos próximos anos. No São João, as cidades precisam preparar atividades que valorizam a tradição local e que atraiam novos visitantes. É necessário movimentar a cultura do lugar, otimizando o tempo e os espaços urbanos e rurais com músicas, danças, artesanato, culinária e outras formas de trazer melhorias para o ambiente. Qual o papel do esporte nisso? Segundo o Diretor de Esportes de Alagoinha e professor de Educação Física, José Ivan (Vanzinho), eventos como a Corrida da Fogueira têm como objetivo promover o atletismo e estimular a competição nos corredores. Além disso, o diretor pontuou a importância dos momentos de lazer, bem-estar e saúde pessoal de cada participante. “Afinal, nem todos os atletas vão para competir, mas sim com desafios pessoais para testar os próprios limites, com a finalidade de completar o percurso”, comenta José Ivan sobre uma das motivações comuns em atletas de corridas de rua. (Vários atletas juntos na Corrida da Fogueira. Foto: Juliana Pinheiro) Quer espiar mais como participar da corrida e quais as categorias disponíveis para competir? Para mais informações ou dúvidas, a conta do instagram da Diretoria de Esportes (@ diretoria.esporte.alagoinha.pe ), é aberta para receber mensagens dos seguidores ou apresentar, em postagens, imagens das edições da Corrida da Fogueira. Além disso, o site oficial da Prefeitura de Alagoinha disponibiliza, para todos, os contatos dos secretários e diretores da Secretaria de Educação e Esportes.   SERVIÇO :   Site da Prefeitura de Alagoinha: https://www.alagoinha.pe.gov.br

  • “Foi Aryel!”: a arte da poesia simples

    Um mergulho no ato de pensar-escrever sobre um “nós” nas métricas e rimas da arte poética. Por: Juliana Pinheiro Foto : Aryel Freire (Podcast Nordestino). Empresário, graduando em direito, poeta e repentista. Aryel Freire, ou Aryel Poeta, é uma figura essencial para a movimentação do cenário cultural regional do interior de Pernambuco. Crescido em Alagoinha-PE, teve contato com a poesia logo cedo, aos nove anos de idade. Ainda criança, participou de competições escolares escrevendo cordéis e, ao chegar em casa, costumava ouvir o pai escutar toadas e cantorias de repentistas, o que contribuiu em seu interesse pela arte. O espaço artístico local do qual Freire faz parte é conhecido por ser a “Terra dos Poetas”. A cidade, localizada no interior do Agreste Pernambucano, tornou a poesia uma constante em sua vida. Desde então, o poeta encontrou novas formas de ressignificar este gênero lírico em outros cenários. Em 2019, no início da pandemia causada pelo vírus COVID-19, passou a publicar os seus poemas em vídeos nas redes sociais. A sua contribuição ao formato digital da poesia é notável. Os versos, assinados por “Foi Aryel!”, marcam uma identidade própria do autor. Com o sucesso dos poemas nas plataformas do TikTok e do Instagram, Freire ficou conhecido em outras regiões do Brasil. A partir das poesias, tornou-se redator na quarta temporada da série de televisão “Os Roni”. Também assina como um dos compositores da música “Nunca Foi Sorte, Sempre Foi Deus”, gravada por Tarcísio do Acordeon e Yury Pressão. Poesia escrita por Aryel. Foto: Juliana Pinheiro A poesia, mais do que versos simples, faz parte de uma tradição oral com raízes líricas e livres que pode ser explorada em diferentes cenários. Da necessidade da escrita, nasce uma narrativa entrelaçada às mais diversas formas de ser e dizer poesia. As regras, abordagens, inspirações e os fragmentos compõem um recorte do cotidiano que atravessa o trabalho individual e contempla um “nós”. Em entrevista exclusiva à Revista Spia, o poeta Aryel Freire explica como a poesia pode ser encaixada e mesclada com várias vertentes do dia a dia. O artista também conta um pouco sobre as suas experiências, opiniões e os desafios durante a sua trajetória e na construção do seu perfil artístico. Espia alguns dos trechos de como foi essa conversa: Juliana Pinheiro (JP): Pode nos explicar como é o processo criativo de escrita da poesia? Aryel Freire (AF): A inspiração para a poesia chega até nós. Se você perguntar a qualquer compositor, essa vai ser a resposta comum. Às vezes, uma palavra, um toque; isso nos desperta. No meu caso, na maioria das situações, eu vejo uma palavra, uma publicação no Instagram, uma frase. Pode ser algo dito por uma pessoa, lido por mim ou até algo que me surge. Tento extrair poesia desses lugares. Quando é bom, eu deixo e guardo. Quando não, eu descarto. JP: Como podemos manter uma essência poética nas metáforas e um perfil individual dentro do meio digital que hoje é rápido e bombardeado por diversos conteúdos? As pessoas se identificam com publicações mais “diretas” agora, algo menos generalista. AF: Percebi que os meus vídeos com mais visualizações eram aqueles em que eu falava em primeira pessoa. Quando dizia: eu, eu, eu. Era mais fácil de chegar no público, porque eram situações comuns aos  meus seguidores. Costumo brincar que escrevo sobre mim, mas milhares de pessoas vivem ou passam pelo mesmo. Isso acaba gerando essa identificação. AF: A constância das postagens é um pouco difícil. Hoje em dia não me cobro tanto. “Tenho que postar três ou quatro vídeos por semana”. Quando a poesia chegar, eu posto, como algo natural. É orgânico. Muitas vezes nem me preocupo com os números. Tenho vídeos com bilhões de visualizações e vários seguidores, porém, a minha intenção é que aquela poesia sirva para alguém. Se tiver apenas uma pessoa sendo ajudada ou identificando-se com ela, é o que me satisfaz. AF: Já recebi mensagens de pessoas com crises de ansiedade ou depressão agradecendo pelas minhas mensagens em vídeos. Isso as motivou a procurar ajuda para estas situações. Acho que esse é o método essencial da poesia, é você tocar no fundo da alma de alguém e ajudá-la de uma forma ou de outra. Vem conferir mais dessa entrevista no canal do Youtube da Revista Spia.

  • A tradição da palha do milho

    Lisoneide Souza e a experiência das mãos que moldam e sustentam a arte da geração, da memória e da criatividade. Por: Juliana Pinheiro Mãos da artesã moldando a palha de milho. Foto: Juliana Pinheiro. O Povoado da Pindoba, situado no interior do Agreste Pernambucano, compõe um dos mais de cinco povoados do município de Alagoinha-PE. Parte de uma importante fonte de renda para o desenvolvimento da área rural, a arte popular é produzida e comercializada pelos habitantes locais. O artesanato, majoritariamente feito por mulheres da região, é o centro da criatividade e das oportunidades da Pindoba. Com peças originadas da palha de milho, o ofício de produção artesanal deu origem à Associação Comunitária de Agricultura e Artesanato da Pindoba, grupo conhecido como Pindoarte, no ano de 1992. O traçado em fibra natural, iniciado por uma das mais antigas moradoras da região, passou de geração para geração e deixou um legado que se mescla até hoje com os costumes da população pindobense. Nascida e crescida na Pindoba, Lisoneide Souza é uma das artesãs da Pindoarte. Pedagoga, mãe e artesã, vive do artesanato a partir da confecção de bolsas de palha. Movida pela curiosidade à arte manual, aprendeu a desenvolver e aperfeiçoar as técnicas da profissão. Tudo começou quando tinha quatorze anos de idade, com o bordado. Incentivada por sua mãe, a prática do artesanato tornou-se parte da sua trajetória. Foto de Lisoneide por: Juliana Pinheiro. Com mais de quatro décadas dedicadas ao trabalho de artesã, Souza faz parte de uma história com enlaces delicados. Afinal, os traçados naturais feitos da palha de milho constroem uma caminhada sobre lutas, motivações, criatividade e orgulho. Em entrevista à Revista Spia, Lisoneide Souza explica como se dá o processo da colheita da matéria prima até a comercialização dos produtos artesanais. Além disso, fala também sobre as inspirações, montagem das peças, desafios, conquistas e da riqueza do artesanato local. Confira a seguir, dois trechos da entrevista: Juliana Pinheiro (JP): As peças produzidas, toda a arte manual daqui (Pindoba), possuem muitos detalhes, histórias e símbolos…, fora a própria técnica que marca essa prática. Pode nos falar um pouco sobre a riqueza, não só de detalhes, mas também da importância do artesanato local para a comunidade e para as pessoas de fora, que recebem e estão em contato com estes produtos? Lisoneide Souza (LS): É uma riqueza muito grande para a comunidade e até mesmo lá fora. Através dessa produção, várias oficinas e trabalhos foram levados para outros lugares. E assim, é uma riqueza. É o nosso “carro-chefe”. Vem de geração em geração, e a comunidade já tentou outros tipos de artesanato, mas o que sustenta mesmo é aquele feito da palha de milho. Nós temos várias experiências. A Associação foi criada a partir das nossas reuniões em escolas. É através dela que temos viajado, ido para o exterior, para feiras livres, para a Fenearte — uma feira mundial — e é muito importante para nós. JP: Interessante como vocês, artesãs, conseguem ter uma dinâmica de interação umas com as outras. Aqui tem o incentivo, dentro da Associação, e vocês podem se acolher, ajudar e trocar práticas. Como é ver outras pessoas da comunidade inspirando-se e criando interesse pelo artesanato? LS: Muitas pessoas acham bonito, é algo diferente. Com a palha de milho você consegue fazer uma bolsa, um chapéu, cintos, bonecas, flores. Alguns veem e não acreditam, então para nós é de grande valor quando alguém se interessa e podemos transmitir isso, passar a nossa experiência para outras pessoas. Quer espiar mais? Confira a entrevista na íntegra no canal do Youtube da Revista Spia.

  • ESTESIA REÚNE EXPERIÊNCIA SONORA E SENSORIAL EM ESPETÁCULOS

    O Grupo surgiu a partir da insatisfação dos integrantes com a maneira tradicional de realizar performances musicais. Por: Gabriella Marinho Reunindo os produtores Miguel Mendes e Tomás Brandão, o cantor e compositor Carlos Filho e o performer e iluminador cênico Cleison Ramos, o grupo Estesia faz parte do cenário musical de Pernambuco desde 2016, com o seu primeiro espetáculo ocorrendo em maio do referido ano, no teatro Marco Camarotti, localizado no Recife, e desde então o quarteto vêm ganhando espaço no calendário artístico da cidade e se apresentando em lugares como a Torre Malakoff e a Casa Malassombro, também no Recife. Foto de: Felipe Schuler As letras de suas músicas são sensíveis e abordam reflexões acerca do tempo, da vida e do espaço, oferecendo narrativas instrumentais contínuas. Além disso, os membros também desenvolvem seus próprios shows e trabalham com uma série de eventos chamados “Estesia Convida”, que possuem abordagens multissensoriais e chamam atenção por serem imersivos, afinal, a principal proposta do grupo é tornar o público parte do show e criar um espaço de experimentação ao desafiar os formatos clássicos do fazer cultural. Com isso, o grupo, que se inspira em arenas de teatro para a execução de suas apresentações, convida o público para estar em cima do palco vivenciando cada experiência de perto. Sob esse aspecto, a música é reproduzida por caixas de som distribuídas em lugares específicos da arena e as luzes ficam projetadas na plateia, para que cada um viva um momento não somente coletivo, mas também individual, em meio a um espetáculo de luz e som. Dessa forma, o grupo insere os seus espectadores na cena e oferece uma sensação de pertencimento com ajuda da convergência entre as tecnologias analógicas, além de estimular os sentidos do corpo humano para além da visão e audição, como se todos estivessem literalmente “an-estesiados”. Ainda com o intuito de quebrar os padrões e fugir do óbvio, Carlos Filho, criador do projeto, reitera em entrevista para o Diário de Pernambuco, que: O Estesia nunca faz o mesmo show duas vezes. Isso porque, a cada espetáculo há um convidado diferente que agrega um valor artístico distinto à apresentação e contribui engrandecendo ainda mais a explosão de sentidos e experiências que o grupo transmite. Logo, cada show é pensado e visto de modo único, para não haver uma sensação de repetição e para que uma pessoa que está assistindo o espetáculo pela terceira vez possa se sentir como quem vê pela primeira. Foto de: Deborah Barros O Estesia é, notoriamente, um grupo musical ousado que almeja quebrar barreiras e mostrar para o mundo uma nova forma de fazer arte, isso deve ser visto e apreciado por Pernambuco e pelo mundo inteiro. Suas músicas estão disponíveis em plataformas de streaming como o Spotify, e merecem estar nas suas playlists e fones de ouvido enquanto você pensa em uma letra para uma melodia. RECOMENDAÇÕES: Melodia Para Uma Letra (2019) Mais Um Lamento (2019) Se Você Quiser (2020) Toda Vez Que Eu Dou Um Passo O Mundo Sai do lugar (2020) REDES SOCIAIS DO GRUPO E INTEGRANTES: Instagram - (@estesiaestesia) Instagram - (@carlosfilho.7) Instagram - (@cleison.belo) Instagram - (@miguelsbm) Instagram - (@tom_b_c)

  • "Janela Poética" Movimenta Cena Literária De Caruaru no Instagram

    O projeto foi criado por um estudante universitário e compartilha poemas e poesias autorais na internet. Reportagem por Ramona Ferreira e Newton Barros Foto de Gael O “Janela Poética” é um perfil literário digital que visa compartilhar poemas e  poesias autorais em formato de Reels no Instagram. Idealizado pelo estudante do curso de Comunicação Social do Centro Acadêmico do Agreste, Gael Vila Nova, o projeto teve início em setembro de 2023. O objeitvo principal é movimentar a cena poética e literária de Caruaru através das redes sociais digitais, além de dar visibilidade aos poetas locais. De acordo com o coordenador do projeto, o nome “Janela Poética” foi inspirado em um movimento antecessor, ocorrido durante a Pandemia de  covid-19, intitulado: “Fazendo do Insta uma janela poética”, onde Gael utilizava a rede social para recitar seus próprios poemas. A referência ao verso de Mário Quintana, “Quem faz um poema abre uma janela”, reflete a proposta de tornar o Instagram um meio de divulgação da poesia. O projeto, que é mantido por uma Bolsa de Incentivo à Criação Cultural (BICC), através da UFPE,  visa criar uma movimentação literária e estabelecer um público consumidor de poesia autoral, além de contribuir para o enriquecimento da cena literária local nas redes sociais e conta com o apoio de oito poetas colaboradores. São eles: Ser Imenso, Mano Monteiro, Urbano Leafa, Bernardo Reyes, Estefane Sá, Tainá Lima, Rosberg Adonay, além do próprio idealizador desse movimento. Gael Vila Nova decidiu que cada poeta escolhido teria a oportunidade de recitar e divulgar três poemas autorais até o encerramento do projeto, que acontece em março deste ano. A seleção dos colaboradores foi feita com o intuito de diversificar o conteúdo compartilhado e considerou gênero, estilo de poesia e a presença ou ausência de livros publicados pelos colaboradores. Questionado sobre o futuro do “Janela Poética”, após o encerramento da vigência da BICC, Vila Nova responde que deseja consolidar o projeto como um veículo de divulgação e fomento à poesia contemporânea de Caruaru e também considera a possibilidade de submeter o projeto a editais futuros. Acompanhe no nosso Instagram: https://www.instagram.com/reel/C485hXNi7H6/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA=

  • O Fantasma Capturado pela Câmera

    Crítica cinematográfica por Joebson José Trecho do Filme Retratos Fantasmas “Vou fechar o cinema com a chave de lágrimas”. Nas transformações do esquecido centro do Recife, o diretor e crítico de cinema, Kleber Mendonça Filho, nos conta sobre os fantasmas que habitam por lá. Retratos Fantasmas (2023) teve estreia especial no Festival de Cannes e conta a história do cinemas de rua que um dia foram cultuados, mas que hoje tornaram-se farmácias ou igrejas, ruínas de templos sagrados para a cinefilia que perderam o seu espaço para as modificações do capitalismo. O diretor pernambucano passeia por esses lugares, presenciando as transformações na arquitetura urbana, além de dedicar atenção ao grande valor de arquivos e documentos pessoais e públicos. Dividido em três partes, o documentário sai do micro, a relação de Mendonça com a mãe e a sua casa de infância (também cenário para alguns de seus filmes na década de 90) para o macro, as grandes salas de cinema do Recife, suas construções, auges, quedas e destruições. Trecho do Filme Retratos Fantasmas A obra de amor ao cinema do diretor é ainda mais poderosa para quem conhece e acompanha a sua filmografia, especialmente pela relação deste recente trabalho com alguns elementos passados, simbolismos complexos e personagens marcantes, como a participação do cachorro Nico em “O Som Ao Redor” (2012) e o problema com cupins, abordado em “Aquarius” (2016). Kleber Mendonça Filho também referencia alguns realizadores pernambucanos, como os ilustres Katia Mesel e Cláudio Assis, com destaque para trechos de suas obras mais conhecidas e aclamadas. Também presta homenagem ao cuidador do Cine Art Palácio, seu Alexandre, com quem o diretor conviveu durante a sua juventude e recebeu vários ensinamentos e conselhos sobre o mundo da sétima arte. Sendo ele também quem cita a marcante frase: “Vou fechar o cinema com a chave de lágrimas” durante o longa. Trecho do Filme Retratos Fantasmas O documentário possui um belo trabalho de cuidados com restauração de imagens, pesquisa, montagem, trilha sonora e som. Tudo para falar não somente de cinemas mortos, mas também da transformação da arquitetura, disputa do público contra o privado e, principalmente, um relato pessoal e íntimo pela visão de quem presenciou o seu espaço mudar durante várias décadas e não pôde fazer nada. Em uma mistura entre comédia, ficção e realismo, o diretor, em apenas 1h30, traz um projeto poderoso para expor o seu amor pelo cinema, mas também entrega uma investigação que servirá de referência no campo da pesquisa sobre cinemas de rua no futuro. O filme mostra que os fantasmas dos cinemas mortos do centro do Recife perpetuam em arquivos, relatos, fotos e em memórias, seja com um tom de suspense ou de melancolia.

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