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Som ao Redor: Sessão comentada

  • Foto do escritor: Revista Spia
    Revista Spia
  • 8 de fev. de 2023
  • 2 min de leitura

Por Ana Carolina Silva Duarte


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No aniversário de 10 anos do filme “Som ao Redor”, o diretor do filme, Kleber Mendonça Filho, realizou uma sessão comentada no Cinema da Fundação. Ao longo do filme, fiz perguntas sobre sobre a produção, montagem e as inspirações por trás das cenas na narrativa.


Antes de iniciar as perguntas, Kleber comenta sobre a cena inicial do filme: “Sempre gostei de abrir o filme mostrando um panorama de sons e imagens que definem o filme, e o bairro em que se passa.”


Para você, qual a importância em fazer um filme contornando o dia a dia das pessoas,

seu cotidiano?


R: “Cenas em que nada acontece dão uma musculatura à vida, ao dia a dia. O percurso dos

personagens andando e entrando nos prédios é importante, na construção dos personagens”


Mais tarde no final do filme, Kleber comenta que às histórias do cotidiano contam a lógica da vida, neste momento ele fala do desaparecimento da personagem Sofia no filme, já que ela não está mais namorando com João, ela não aparece mais.


Como foi o processo de montagem do filme, o corte final se diferencia muito do

roteiro original?


R: “A montagem do filme demorou 1 ano e 3 meses para a gente terminar”. Ele também fala que, por mais estranho que pareça, o corte final ficou bastante parecido com o roteiro.


Ao longo da sessão, Kleber expressa admiração em mostrar os aspectos bons do nosso cotidiano. Ele fala como algumas das cenas presentes no longa, ele viu acontecer em sua vida, como a cena em que a irmã da personagem Bia briga com ela por ter comprado uma TV maior que a irmã. Além disso, o arco dos seguranças da rua foi também algo que aconteceu na rua onde Kleber morava.


Kleber fala como o filme expressa a hierarquia urbana presente na rua, fazendo uma analogia com a cena em que Seu Francisco recebe Clodoaldo na sala, e não na área de serviço como antes, pois agora ele tem assuntos do seu interesse com Clodoaldo. Na cena em que mostra o pesadelo, o diretor achou interessante que o som fosse somente o dos passos das pessoas entrando na casa, e a progressão do som dessa invasão.


No fim, ele comenta como o filme fala bastante sobre a violência em vários aspectos, na narrativa individual de cada personagem, violência de classe, violência racial e de gênero.


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