Revista Spia
Destaque junho 2021: Tatuagem
Atualizado: 11 de jul. de 2021
Para junho, mês em que comemoramos o Orgulho LGBTQIA+, o filme de destaque é um clássico pernambucano que celebra a liberdade dos corpos e os amores revolucionários.
Tatuagem se passa no Brasil de 1978, onde um grupo de artistas provoca a moral e os bons costumes pregados pela ditadura civil-militar, que já demonstrava sinais de esgotamento (pela abertura política lenta e gradual) mas ainda era atuante. Clécio Wanderley (Irandhir Santos) é o ator, diretor, produtor, pai, que lidera a trupe Chão de Estrelas, que na casa de espetáculos Vivencial Diversiones, juntos a público, outros artistas e intelectuais, debochavam, anarquizavam e subvertiam os costumes morais da sociedade oficial.
Mas é com o amor que Hilton Lacerda (diretor e roteirista) nos provoca. É quando Clécio conhece Fininha (Jesuíta Barbosa), um soldado. As complexidades e tensões geradas pelo encontro de mundos opostos, o militar rígido e o artístico livre, é o que “cria uma marca que nos lança no futuro, como uma tatuagem.”
Veja outras publicações do site sobre o filme:
Tatuagem: de dentro para fora, um estudo do processo de criação a partir do roteiro do filme
SUSPENSÃO NARRATIVA E FLUXO TEMPORAL. A EXPERIÊNCIA MUSICAL EM TATUAGEM (2013), DE HILTON LACERDA