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Livro de Geneton Moraes Neto resgata as memórias do Super-8

Organizado pelo pesquisador Paulo Cunha e-book está disponível no site da Amazon.


Capa do e-book por Jaíne Cintra

Uma coletânea de textos escritos, entre 1973 e 1983, por Geneton Moraes Neto (1956-2016) resgata parte da memória do que foi a produção de Super-8, no Recife, uma das mais criativas experiências de cinema experimental produzidas no Brasil. Na sua grande parte inédita, as reflexões do jornalista e cineasta são disponibilizadas agora no e-book Expedições à Noite Morena: em defesa de um cinema vadio [Fazer Super-8 no Brasil dos anos 1970], da editora Contraluz e disponível no portal da Amazon.


Muitas reflexões de Geneton sobre o cinema em geral e o Super-8 em particular foram retirados de dois cadernos pessoais que ele preencheu entre 1977 e 1982. São os trechos mais íntimos, que permitem acompanhar a maneira como a geração do Super-8 foi percebendo a importância da expressão cinematográfica. Há também, no e-book, textos que foram escritos e publicados em jornais, mas que nunca tinham sido reunidos.


Organizado pelo pesquisador Paulo Cunha, que teve acesso irrestrito aos diários de Geneton Moraes Neto, o e-book traz ainda um vasto material iconográfico, com a reprodução de trechos dos cadernos e das reportagens, além de fotografias do período. Segundo o organizador, o livro é quase um álbum de recordações de um momento do cinema feito em Pernambuco que oscilava entre a ingenuidade e a ousadia total. “Tenho percebido que jornalistas, realizadores e estudantes de cinema têm cada vez mais dificuldades de compreender o que foi o surto de produção em Super-8 dos anos 1970. E nesse sentido o livro é uma maneira de dar um mergulho profundo e divertido na história daquela geração”. Além de Paulo Cunha, organizador e autor da apresentação, o e-book teve a participação de Ana Farache (edição e revisão) e Jaíne Cintra (que criou e executou o projeto gráfico).


Paulo Cunha foi o responsável pela organização do livro de Geneton

O conjunto de materiais também ajuda os pesquisadores do cinema brasileiro, na medida em que trazem a gênese de muitos filmes de Geneton Moraes Neto. Estão no e-book, por exemplo, os primeiros rascunhos de roteiros e poemas que seriam utilizados posteriormente nos curtas, assim como a motivação de cada um deles no instante em que foram concebidos. Por outro lado, como explica Paulo Cunha, “o material é a defesa de um cinema mais impactante e mais simples, longe das superproduções que passaram a ser realizadas após a retomada, o que pode encher de sonhos e energia a cabeça da garotada que está se lançando hoje no audiovisual”.


Os cadernos cobrem o período que contempla a realização de onze filmes em Super-8 de Geneton Moraes Neto: Quando JK (11 min., 1977), Corinthians, Coração (8 min., 1977), América Morena I (12 min., 1977), América Morena II (20 min., 1977), A Flor do Lácio é Vadia (6 min., 1978), Esses Onze Aí: Um filme panfletário, a favor do futebol (10 min., 1978, com Paulo Cunha), Funeral para a Década de Brancas Nuvens (10 min., 1979), Fabulário Tropical (6 min., 1979), Navegar em Terra Firme (9 min., 1980), A Esperança é um Animal Nômade (9 min., 1981), Loja dos Trapos do Coração (10 min., 1982). Mesmo lançado apenas em 1983, há referências a O Coração do Cinema (16 milímetros, 18 min., com Paulo Cunha) assim como aos filmes em Super-8 anteriores a 1977: Mudez Mutante (7 min., 1973), Isso é que é (6 min., 1974, com Amin Stepple), Conteúdo Zero: Um filme para desentendidos (14 min., 1975), Recife, I Love You (10 min., 1975), Tudo, Tudo (10 min., 1975) e Verão, Veredas (14 min., 1976).


SERVIÇO

Expedições à Noite Morena: em defesa de um cinema vadio [Fazer Super-8 no Brasil dos

anos 1970], de Geneton Moraes Neto.

E-book, Editora Contraluz, 131 páginas.

Disponível no portal da Amazon.

Acesso para download: https://amzn.to/3rQlPDY


Preço: R$ 11,05

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